Estamos sempre a aprender. Fui ao Museu de Marinha*, mais exactamente ao Pavilhão das Galeotas onde pelos vistos ainda se pode desenhar, assistir, que remédio, a um ensaio da banda da Armada. Desenhei esta
bateira de mar ou
saveiro, os entendidos não se entendem mas que é essencialmente uma embarcação com o fundo chato. Com um design arrojado, como se diria hoje, tem uma finalidade, claro, aquela proa tão alta – ultrapassar a rebentação. Não se afasta muito da costa, o suficiente para lançar redes que são depois arrastadas de volta por tractores, actualmente, mas dantes com bois como ainda vi, puto, na praia de Pedrógão.
Xávega ou
arte de xávega ou ainda
artes ou também
artes de xávega, caramba, são os diversos nomes desta coisa que está a desaparecer. Tal qual o anacrónico personagem do
filme homónimo, este Carlitos, e outros que ainda mexem, vão infelizmente acabar todos como peças de museu.
* Ao contrário daquele senhor da Armada que está ali para dar escala ao desenho, o museu é “de Marinha”, e não “da Marinha”, como aparece aí em baixo
4 comentários:
É até um sítio óptimo para desenhar.
Muito bonita a divisão do desenho pelas duas páginas duplas.
Muito bom. Tudo.
Adorei este post.
O texto é uma delícia, e fiquei cheio de vontade voltar ao museu de marinha meter esta história no meu caderno de desenhos. Para quando um encontro de uskp aqui? Se não for dos oficiais que seja um encontro ocasional, eu vou de certeza.
pretty nice blog, following :)
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